De olhos no chão...
Era como eu devia ter andado (pelo menos, por instantes) e cheguei à conclusão que é assim que anda toda a gente.
Ou se não no chão, para a frente, mas em que todos são transparentes.
Tive um azar à saída de uma das lojas onde compro coisas para as minhas Pendurezas. Não sei andar devagar, o chão estava molhado, agora (mais do que nunca) acho mesmo que as minhas botas precisam de capas novas e com tudo isto escorreguei e dei um trambolhão como há muito tempo não me lembro de dar.
De joelhos e mãos ao chão, o saco que levava na mão deu uma volta por cima da minha cabeça. Ainda me doem os joelhos e já foi há quase 3 horas atrás. Bem dito seja o P. aqui do café ao lado que me deu gelo...
Mas com isto tudo, NINGUÉM me ajudou. Nem quem ia a passar, nem a senhora que estava parada 2 metros a frente na passadeira e nem sequer me perguntou se eu estava bem quando passei por ela. Até me vieram as lágrimas aos olhos. De dor da queda, de raiva pela figura ridícula ali estatelada no chão e de vontade de gritar se ninguém me tinha visto cair.
Andamos mesmo todos de olhos no chão...