"Coisas que fazemos como se fossem para nós e que gostamos que os outros também usem".

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30 novembro 2006

O tempo passa mas não se esquecem nunca...

Eles partem, mas ficam para sempre no nosso coração.
E custa mutio sabermos que nunca mais vão estar nos sítios onde nos acostumámos a vê-los.
A minha avó, nos últimos tempos, era sentada na sua cadeirinha atrás da janela a ver a rua. Porque já não tinha coragem para ir ela à rua. Sentia-se feia, muito velha (os 70 e muitos anos já ninguém lhos tirava) e não consegui sequer ver-se ao espelho. Só o olhar para as fotografias antigas, chorava. "O que eu era e no que me tornei." Deve ter sido a frase que ela mais disse nos últimos tempos. Até os lindos olhos azul-acinzentados estavam baços de tristeza e de marcas do tempo. Nada que ninguém possa remediar.
Dos 5 bisnetos, só conheceu a Renata, mesmo que a tenha visto muito poucas vezes e foi por pouco mais de um mês que não conheceu os gémeos. Que feliz que ía ficar por os ver a todos.
Nesta última ida a casa dela, trouxe um fio que era dela. Foram estas peças que fiz para mim. Era um fio só com estas pedras. Desmanchei e fiz mais ao meu gosto.

Eu sei que hás-de gostar de saber que eu tenho uma coisa que era tua. Tenho muitas saudades tuas e custou-me muito ir lá a casa e saber que nunca mais te vou ver atrás da janela, sentada na tua cadeirinha a ver a rua. Apertou-me o coração, ao entrar. Apesar de já terem passado 2 anos, ainda custa.